O presidente russo Vladimir Putin confirmou nesta quinta-feira, 10 de Março, o que até agora era promessa: vai suspender a exportação de fertilizantes em represália enquanto durarem as sansões impostas pelos países à Rússia. De acordo com ele, as empresas de insumo russas só vão cumprir seus “acordos com países amigos”.
As ameaças de Putin foram feitas durante reunião por videoconferência com o seu governo, sendo transmitidas pela televisão local – que é totalmente controlada pelo Estado. O presidente russo disse que as sanções são “ilegítimas”, e “criaram alguns problemas e dificuldades” à Rússia, mas que vão ser “resolvidas” e que, no longo prazo o país vai conquistar “uma soberania e independência maiores”.
Putin também criticou os líderes internacionais e disse que aumento generalizado dos preços dos combustíveis é provocada pelas medidas econômicas contra a Rússia. Segundo ele, o país mantém as suas obrigações energéticas e continua a exportar petróleo. Além de fertilizantes, o ministério das Finanças russo anunciou também que tomou medidas para limitar a saída de capitais do país.
“A Rússia e a Bielorrússia são dos maiores fornecedores de fertilizantes minerais. Se eles [os países ocidentais] continuarem a criar problemas ao financiamento e logística na entrega dos nossos bens, os preços vão aumentar e isto vai afetar o produto final, os produtos alimentares”, disse o presidente russo.
Por fim, Vladimir Putin ameaçou confiscar bens de empresas estrangeiras que abandonem o país. Segundo ele, o objetivo é “entregar estas empresas a quem esteja disposto a trabalhar”. “Vamos encontrar uma forma legal de fazer isto”, concluiu.