Publicado em 04/03/2022 09h58

Mercado doméstico pode ser chave para indústria da carne

Exportações aumentaram, mas abates diminuíram.
Por: Leonardo Gottems

A indústria brasileira de carne bovina pode ser impulsionada pelo consumo doméstico em 2022, sendo esse a chave para o desempenho do setor, mesmo com as fortes exportações verificadas desde janeiro, segundo relatório do Rabobank. As informações foram divulgadas pela CarneTec Brasil.

O relatório indicou que o consumo doméstico é fraco nesse momento no Brasil, o que acaba fazendo com que o número de abates diminua. “O consumo doméstico de carne bovina tem sido fraco e resultou em menores escalas de abate por parte dos processadores, causando pressão baixista nos preços de gado vivo, especialmente nos frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico”, informou o Rabobank.

Isso porque as exportações brasileiras de carne bovina tiveram o melhor resultado já registrado para o mês, segundo o Rabobank. Mas a queda nos preços das carnes de frango e suína colaborou para reduzir a competitividade da carne bovina no mercado interno. “Mesmo com a fraca demanda doméstica, os preços de gado vivo têm se recuperado desde novembro do ano passado. Em janeiro, houve alta de 17% nesse preço ante o mesmo mês de 2021, a R$ 338,46/15 kg”, diz o portal especializado.

“No quarto trimestre do ano passado, as incertezas relacionadas à retomada das importações chinesas levaram a um menor número de animais indo para a engorda em confinamento, reduzindo a oferta de gado terminado temporariamente e elevando os preços do animal. O Rabobank disse que essa tendência deve continuar até que animais a pasto estejam prontos para serem ofertados no mercado”, completa.

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