Em fevereiro passado o Brasil exportou perto de 563 mil toneladas de carnes in natura, volume 13% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado. Mas a contribuição para esse aumento ficou restrita às carnes bovina e de frango, pois a carne suína continua enfrentando redução – tanto no volume embarcado como no preço médio do produto.
A maior expansão permanece com a carne bovina: seu embarque no mês aumentou mais de 55% e o preço médio outros 23%. O resultado, excepcional, foi uma receita cambial correspondente a quase o dobro do que foi registrado em fevereiro de 2021: aumento de 91,91%.
A carne de frango, pela média diária, enfrentou pequeno recuo no mês: queda de 0,58% em relação ao mesmo mês do ano passado. Mas isso foi neutralizado e compensado pelo dia útil a mais de fevereiro passado (19, contra 18 dias úteis de fevereiro/21). Assim, o volume total aumentou perto de 5%, sendo acompanhado por um incremento, no preço, de 18,22%. Resultado: uma receita cambial 24% maior que a de um ano atrás.
Já o volume de carne suína sofreu retrocesso anual de pouco mais de 10%, resultando no mais fraco embarque dos últimos 13 meses. E como essa queda foi acompanhada de nova redução no preço médio (-11,21%), a receita cambial do produto sofreu retração anual de pouco mais de 20%.
De toda forma, a receita cambial total das três carnes apresentou, no mês, crescimento anual bastante expressivo, pois os pouco mais de US$1,6 bilhão registrados significaram aumento de 45,46% sobre fevereiro de 2021. Esse valor correspondeu, também, ao melhor resultado obtido desde outubro do ano passado.