O controle de doenças transmitidas pelo solo, causadas por patógenos de plantas como Fusarium e Pythium , está se tornando cada vez mais difícil. Em parte devido à disponibilidade reduzida de produtos químicos para proteção de cultivos. Estratégias alternativas são necessárias para proteger as plantas de patógenos do solo.
É por isso que a Unidade de Negócios de Horticultura em Estufa e Bulbos de Flores da Wageningen University & Research (WUR) está investigando se os bioracionais (produtos fitofarmacêuticos de origem natural) podem ser usados efetivamente no cultivo em estufa contra patógenos de plantas nascidos no solo. Fungos (como Fusarium e Verticillium ) e oomicetos (como Pythium e Phytophthora) pode infectar uma cultura através das raízes, causando danos. O WUR está investigando se essas infecções podem ser prevenidas com agentes bioracionais, como biopesticidas. Tais agentes estão cada vez mais disponíveis no mercado para uso em lavouras, mas seu potencial permanece subutilizado. A questão é como esses produtos podem proteger as plantas contra patógenos do solo durante todo o ciclo de cultivo.
A pesquisa é realizada em duas culturas modelo: lisianthus e pepino. O cultivo de lisianthus é baseado no solo com um período de propagação relativamente longo (cerca de 12 semanas) e cultivo relativamente curto em estufa (7-8 semanas), enquanto o cultivo de pepino é muito mais longo (até 4-5 meses) e ocorre em meio de crescimento inerte (stonewool ou perlie).
Os primeiros resultados mostram que os microrganismos (que estão presentes no solo ou outro meio de cultivo e na rizosfera) são importantes no combate às infecções de patógenos como o Fusarium. A aplicação de alguns produtos bioracionais pode influenciar a composição da comunidade microbiana natural no solo ou no meio de cultivo de tal forma que os patógenos presentes tenham menos chance de infectar as plantas. No entanto, é necessária a otimização das aplicações, para que se consiga a máxima proteção das plantas durante todo o ciclo de cultivo.
