Publicado em 11/02/2022 22h40

IBGE projeta 5% menos soja nesta safra

Somente no Paraná, a expectativa é de uma queda de 33,7% na produção neste ano.
Por: Eliza Maliszewski | Agrolink

Segundo projeção do IBGE a produção de soja, estimada no primeiro mês de 2022, totalizou 131,8 milhões de toneladas, apresentando uma redução 4,7% em relação ao 3º prognóstico e de 2,3% na comparação com a produção do ano de 2021. Apesar de os produtores brasileiros terem destinado maiores investimentos em insumos e tecnologia na produção do grão, proporcionados pela boa rentabilidade alcançada com a cultura nos últimos anos, os efeitos climáticos da estiagem no Centro-Sul do país têm afetado negativamente o desempenho das lavouras em campo, comprometendo a produtividade.

Com isso, mesmo com ampliação de 3,6% na área de produção, que deverá totalizar 40,4 milhões de hectares, a queda no rendimento médio está estimada em 5,7%, alcançando 3.263 kg/ha, reduzindo a produção nacional da leguminosa. Ainda assim, a soja deve responder, em 2022, por 48,5% da produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas no país.

O Mato Grosso, maior produtor nacional, e que novamente deve responder por mais de um quarto da produção nacional, estimou um total de 37,5 milhões de toneladas, acréscimo de 5,1% em relação ao ano anterior. O Rio Grande do Sul estimou a segunda maior produção nacional, totalizando 21,1 milhões de toneladas, um crescimento de 3,2% frente a safra anterior, impulsionado principalmente pela expectativa de aumento de 4,2% na área plantada. Contudo, o Estado vem passando por uma forte estiagem. Até o momento, a estimativa é de uma queda no rendimento médio de 1,0%, mas que deve se intensificar.

No Paraná, a expectativa é de uma queda de 33,7% na produção neste ano, em razão dos efeitos da estiagem. Com uma produção esperada de 13,2 milhões de toneladas, a retração de 34,8% no rendimento médio é a principal responsável pela quebra na safra, uma vez que há estimativa de ampliação de 1,8% na área plantada.

Em Goiás, mesmo com expectativa de queda de 0,8% no rendimento médio, a produção deve crescer 3,1%, alcançando 13,5 milhões de toneladas, em virtude da ampliação das áreas de cultivo.

Em Mato Grosso do Sul, espera-se uma ampliação de 6,4% na área a ser colhida, elevando para 12,7 milhões de toneladas a estimativa de produção no Estado.

Em Minas Gerais, a estimativa é de uma produção de 7,2 milhões de toneladas, crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior.

Entre os estados do Norte e do Nordeste, destaque negativo para o Tocantins, onde a queda na produção deve alcançar 15,1%, totalizando 3,0 milhões de toneladas e para a Bahia, que deve apresentar retração de 1,5% na produção, com 6,7 milhões de toneladas.

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