Em novo levantamento recentemente divulgado, a consultoria DATAGRO informou que a comercialização da safra 2020/21 da soja brasileira avançou muito pouco em janeiro. No entanto, o País já vendeu 97,2% da produção esperada até o dia 4 de fevereiro.
Esse número é bom, mas é menor do que os 99,9% do fluxo recorde observado na safra 2019/20 e também da média de 98,2% dos últimos 5 anos. De acordo com Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO, houve incremento de apenas 1,1 ponto percentual, abaixo do mês anterior, mas em linha como padrão normal de avanço para o período.
“Além do fato de que as vendas da safra já se encaminham para o final, os produtores ficaram na defensiva, no aguardo por novas valorizações diante dos sérios problemas com o desenvolvimento da nova safra na América do Sul”, comenta ele.
Já em relação à próxima safra, 39,1% da produção estimada da oleaginosa safra 2021/22 está comprometida comercialmente, avanço de 3,7 p.p. na comparação com a análise anterior. Segundo a consultoria, é possível afirmar que o fluxo que foi observado até o momento se encontra aquém dos 43,1% da média dos últimos 5 anos e bem abaixo dos 60,4% do recorde ocorrido em igual momento de 2021.
“Segundo a projeção atual da DATAGRO, que considera área maior em 4%, mas forte recuo na produtividade, a safra brasileira está avaliada atualmente em 130,01 mi de t. Sendo assim, teríamos apenas 50,89 mi de t comercializadas antecipadamente, volume muito inferior aos 83,09 mi de t dessa mesma época em 2021”, informa a consultoria, por meio de sua assessoria de imprensa.
