O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) autorizou a colheita antecipada de pêra e maçã nas principais regiões produtoras do país. Nas regiões do Alto e Médio Vale do Rio Negro, na Patagônia argentina.
Foi autorizado o início dos trabalhos de colheita nas variedades de pêra Beurre Bosc e Golden Russet Bosc na região do Alto e Médio Vale e da Packham's Triumph no Alto Vale. Normalmente a Beurre Bosc tem colheita a partir de 12 de fevereiro no Médio Vale e 13 de fevereiro em Alto Vale, a Golden Russet Bosc começa em 9 de fevereiro em Médio Vale e 11 de fevereiro em Alto Vale. Já a Packham's Triumph é colhida a partir de 5 de fevereiro para esta região da Patagônia.
No caso da maçã foi autorizada a colheita da Red Delicious e seus clones para a região de Alto Vale. Esta variedade tem data de colheita provisória de 11 de fevereiro.
A autorização foi determinada após o relatório apresentado pela Área de Pós-colheita do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) Alto Valle e a análise da Coordenação Geral de Frutas, Hortaliças e Aromáticos da Diretoria de Segurança e Qualidade de Produtos Hortícolas. Origem do Senasa.
Durante a época de colheita de maçãs e pêras na região norte da Patagônia, são realizadas amostragens semanais de algumas variedades. Desta forma, são avaliados os parâmetros de maturidade dos frutos como peso, tamanho, firmeza, cor, acidez, sólidos solúveis e degradação do amido.
Outros aspectos da época também são analisados, como fatores meteorológicos e manejo da floresta frutífera, que facilitam a tomada de decisão para definir a maturidade antecipada de uma variedade em relação à data estabelecida no calendário provisório oficializado pelo Senasa.
Desde 2019 o Brasil retomou a compra de maçãs e pêras da Argentina. Desde março de 2015 as importações de maçãs, peras e também marmelo frescos da Argentina estavam suspensas pelo Brasil, em virtude da presença da praga Cydia pomonella, conhecida como traça-da-maçã, em carregamentos provenientes daquele país. A praga, que pode causar sérios prejuízos à fruticultura, foi erradicada no Brasil em 2014, e a suspensão visava à proteção dos pomares brasileiros.