Publicado em 04/02/2022 11h12

Preço dos fertilizantes dobrou em 5 anos

Em dezembro nitrogenados e potássicos foram responsáveis pelos maiores aumentos.
Por: Eliza Maliszewski | Agrolink

No ano de 2021a demanda brasileira de fertilizantes foi recorde, mesmo com um forte aumento nos preços médios, sobretudo no último semestre. Um dos fatores que se explica é o incremento dos combustíveis no cenário mundial, as incertezas sobre o abastecimento de players importantes como China e Rússia neste mercado, bem como a forte demanda brasileira.

De acordo com o Boletim Logístico da Conab, em dezembro de 2021, o preço médio dos fertilizantes atingiu o seu maior valor em US$/tonelada, de US$ 534,28, quase o dobro da média de 05 anos de US$ 284,78 e acima da média de 2021, que foi de US$ 350,75/tonelada. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) os fertilizantes nitrogenados e potássicos foram responsáveis pelos maiores aumentos, visto que chegaram a US$ 489,24 e 530,19/tonelada, respectivamente, em dezembro de 2021.

No ano passado o Brasil importou 41,6 milhões de toneladas de janeiro a dezembro. No ano anterior haviam sido 34,2 milhões de toneladas e em 2017 o Brasil importava a metade desse volume, com 28,6 milhões de toneladas.

O principal estado importador de fertilizantes foi Mato Grosso, principal produtor de grãos do país, importando cerca de 8,0 milhões de toneladas de adubos, sendo a sua maioria por meio dos portos de Santos e Paranaguá, o que demanda um alto custo de transporte, tendo em vista a distância acima de 2000 km, gerando um intenso fluxo de caminhões, visto que, segundo a ANTT, o principal modal de transporte de fertilizantes ainda é rodoviário, aumentando, assim, a necessidade da multimodalidade para este setor também.

Na sequência, completando os cinco maiores importadores, aparecem o Rio Grande do Sul (6,6 milhões/ton), Paraná (5,4), São Paulo (4,3) e Minas Gerais (3,8). A maior parte chegou pelo Porto de Santos (SP) , que concentrou cerca de 45%. Na sequência vem Paranaguá (PR) com pouco mais de 20% e Santarém (PA), com 12%.

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