Em um ano de alta volatilidade nos mercados mundiais, as commodities voltam a ganhar protagonismo como investimento. Neste cenário, ações de empresas brasileiras ligadas ao agronegócio listadas na Bolsa de Valores B3 podem se tornar uma boa opção para quem quiser capturar ganhos com esse mercado prometedor.
“Após um ano marcado por seca, geadas severas e ondas de calor, era primordial para o equilíbrio da oferta e demanda mundial que o Brasil entregasse safras recordes de soja, milho e também cana-de-açúcar, entre outras”, escrevem o analista Pedro Fonseca e o sócio da corretora XP Leonardo Alencar, em relatório.
Na Conferência XP Agro realizada no último dia 27 de janeiro, a corretora reuniu mais de 100 investidores e 13 empresas do setor do agronegócio. Impactos do fenômeno climático La Niña no Brasil e nos Estados Unidos, bem como a escassez e a inflação nos preços dos insumos foram alguns temas foram destaque da conferência.
“Apesar de um nível crítico de estoques ao final da safra 2021/22, uma perspectiva de melhores estoques de fim de ano para a safra 2022/23 poderia trazer um ambiente de menor volatilidade, mesmo que não se esperasse que os preços caíssem significativamente”, acrescentam Fonseca e Alencar.
Os desafios previstos apra 2022 são semelhantes aos do ano passado, incluindo a sequência do La Niña trazendo estiagem na Região Sul do Brasil e excesso de chuvas no Centro-Oeste. As safras brasileiras de soja e milho estão sendo revisadas para baixo, com a demanda superando o aumento esperado da oferta – mantendo a tendência de alta para o agronegócio.
Os especialistas destacam que empresas como AgroGalaxy (AGXY3), Boa Safra (SOJA3), Brasil Agro (AGRO3), Jalles Machado (JALL3) e São Martinho (SMTO3) são empresas com boa performance e potencial de crescimento e valorização. O momento de forte queda na B3 abriu uma excelente janela de possibilidades de compras a preços baratos de ações com grande potencial de “upside”.