Uma nova onda de produtos lácteos sem vaca está chegando ao mercado. Nos Estados Unidos, a Perfect Day está usando fungos geneticamente modificados para produzir proteína do leite para sorvete em escala comercial.
Empresas pré-comerciais, como TurtleTree e Better Milk , estão projetando células mamárias para produzir leite humano e de vaca em laboratórios, embora ainda estejam nos estágios iniciais de desenvolvimento. Pode levar algum tempo até que os produtos lácteos sem mamíferos cheguem aos supermercados canadenses. Mas essas tecnologias emergentes fazem parte da quarta revolução agrícola que visa melhorar a segurança alimentar, a sustentabilidade e as condições de trabalho agrícola.
Como pesquisadores do Instituto de Alimentação e Agricultura da Universidade de Fraser Valley, na Colúmbia Britânica, estudamos sistemas alimentares em transição. O Fraser Valley abriga 60% das fazendas leiteiras de BC, por isso estamos especialmente interessados nos impactos que a agricultura celular pode ter no sistema leiteiro.
A pecuária desempenha um papel importante no sistema alimentar global. A Food and Agriculture Organization afirma que a agricultura animal fornece cerca de um terço da proteína dietética do mundo, sustenta a subsistência de mais de um bilhão de pessoas e contribui para a fertilidade do solo. Mas a pecuária está enfrentando um maior escrutínio, especialmente em torno dos impactos ambientais e questões de bem-estar animal. É uma importante fonte de emissões de gases de efeito estufa, mais de 16,5% das emissões globais , segundo algumas estimativas.
A agricultura celular produz alimentos biologicamente equivalentes ou quase equivalentes aos produzidos a partir de animais . Isso é diferente das alternativas de carne e laticínios à base de plantas, como Beyond Burgers e leite de aveia, que usam ingredientes à base de plantas que se aproximam de suas contrapartes não vegetarianas.
