Publicado em 10/01/2022 18h57

Produtores contrataram 30% mais crédito rural de julho a dezembro de 2021

Entretanto, o número total de contratos apresentou queda de 7% em relação ao período anterior, sendo que nos investimentos essa redução foi de 15%.
Por: Estadão Conteúdo

A contratação de crédito rural de julho a dezembro de 2021, os seis meses primeiros meses da safra 2021/2022, totalizou R$ 159,7 bilhões, 30% acima de igual período da safra anterior. Segundo o Ministério da Agricultura, para comercialização, as contratações somaram R$ 17,3 bilhões (+ 65%); custeio R$ 86,8 bilhões (+29%); investimento R$ 46,7 bilhões (+24%) e industrialização, R$ 8,8 bilhões (+23%).

"Entretanto, o número total de contratos apresentou queda de 7% em relação ao período anterior, sendo que nos investimentos essa redução foi de 15%", disse em nota a Secretaria de Política Agrícola.

Conforme a pasta, a participação dos recursos controlados no valor total das liberações foi de 68%, sem variação ante igual período da safra anterior. Essa participação foi de 50% para os Recursos Obrigatórios e os da Poupança Rural Controlada. "Os recursos da Poupança Controlada concentraram-se nas finalidades custeio (70%) e investimento (30%), e os da fonte Recursos Obrigatórios foram majoritariamente destinados para custeio (74%) e industrialização (20%)."

Ainda de acordo com a Agricultura, em decorrência dos remanejamentos de recursos equalizáveis em dezembro último, houve aumento de R$ 1,72 bilhão na disponibilidade para custeio, sendo R$ 710 milhões para Pronaf, R$ 270 milhões para Pronamp e R$ 741 milhões para Demais Produtores.

Em relação aos investimentos, o maior aumento na dotação de recursos ocorreu para os programas ABC (+ R$ 195 milhões) e PCA (+R$ 93 milhões).Os programas de investimento com maiores recursos contratados foram: Procap-Agro (95%), Moderfrota, 65% e o Pronaf (62%), sendo 83% para os programas que utilizam recursos não equalizáveis. "O aumento expressivo das contratações do Procap-Agro (+ 4.237%) justifica-se pelo fato dos recursos disponibilizados na safra 2021/22 serem aproximadamente quatro vezes superior ao da safra passada, situando-se em R$ 1,5 bilhão." 

Já a diminuição das contratações do PCA (-40%) e Prodecoop (-74%) ocorreu, segundo o MInistério, em função da alteração, em outubro de 2021, do prazo para registro das operações de 180 dias para dois dias úteis, que, "por serem de elevado valor e complexas, demandam mais tempo para sua realização".

"De acordo com os agentes financeiros, essa redução não corresponde ao tamanho das operações de financiamento realizadas por já terem comprometido parte significativa do montante programado com operações em fase de aprovação." Os saldos totais dos recursos equalizáveis, remanescentes no final de dezembro de 2021, foram de 36% para os investimentos e de 37% para o custeio, comercialização e industrialização.

A Região Norte, apesar de ter menor representatividade no crédito rural, continua apresentando melhor desempenho nas contratações de crédito rural, com aumento de 30% em número de contratos e 46% no valor contratado. As demais regiões apresentaram decréscimo no número de contratos de investimento.

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