No Brasil, a demanda por etanol de milho está mostrando números crescentes, segundo informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), a produção de etanol de milho no centro-sul do país para a safra 20/21 ficou estimada em 2,56 mi de m³, em que o Mato Grosso do Sul foi responsável por grande parte das entregas – cerca de 85,25%”, comenta.
“Em projeções do IMEA, a safra 21/22 deve apresentar um grande salto, de cerca de 7,73 milhões de toneladas. Atualmente, estão em funcionamento cerca de seis usinas que produzem, juntas, cerca de 827 milhões de litros de etanol de milho por ano. A previsão é que, até 2030, sejam produzidas pelo menos 50 bilhões de litros no total - considerando etanol de cana-de-açúcar e milho e que a produção a partir do milho aumente ainda mais”, completa.
O Brasil importou, somente no primeiro semestre do ano passado, cerca de 1,74 bilhões de litros de etanol, batendo o recorde de maior importação da história pelo país. Ao mesmo tempo, produziu cerca de 11,6 mil metros cúbicos de etanol anidro e 16,9 de etanol hidratado. Nos próximos anos, a intenção das cadeias produtivas é que o produto, hoje importado, seja substituído pelo etanol produzido em casa”, indica.
Puxados por um retorno da demanda, que ficou sem estoques depois de um longo período de compras da mão-para-a-boca, os preços da maioria dos subprodutos do milho voltaram a se valorizar. “Entre os produtos para alimentação humana, o amido de milho subiu 3,32% na semana; o fubá permaneceu inalterado, mas a canjica teve alta de 3,42%, a farinha de milho 1,81% e o flocão, 2,38%. Nos produtos para alimentação animal, o floquinho subiu 1,27%, mas a quirera recuou 0,97%. Já o farelo integral (gordo) teve forte alta de 6,29% e o farelo magro, de 0,71%”, conclui.