Negociado por um preço médio de US$1.615 por tonelada em novembro de 2019, 24 meses depois a carne de frango exportada pelo Brasil alcançou no mercado internacional preço de US$1.829 por tonelada, resultado que significa valorização de pouco mais de 13% no espaço de dois anos.
Já em moeda brasileira a evolução foi bem mais significativa, revelando a alta volatilidade do câmbio. Ou seja: enquanto os US$1.615 de 2019 corresponderam a um preço, interno, de R$6.611 por tonelada, o valor mais recente (US$1.829/t) superou os R$10.100 por tonelada embarcada. Valorização, portanto, superior a 50% no espaço de dois anos.
Tal nível de valorização deixa a impressão de que a indústria do frango caminha excepcionalmente bem. Porém, é necessário lembrar que as exportações correspondem, no máximo, a um terço do que se produz internamente. Ou seja: 66% ou mais do que é produzido no País estão sujeitos à depreciada moeda brasileira.
O curioso é que, comparados os preços internos de novembro de 2021 com aqueles registrados dois anos atrás no Grande Atacado da cidade de São Paulo, constata-se valorização de 69% no valor médio do frango resfriado. O detalhe, neste caso, é que os custos de produção (conforme levantamentos mensais da Embrapa Suínos e Aves) evoluíram proporcionalmente mais. Ou seja: a despeito da também elevada valorização interna, os resultados de quem trabalhou para o mercado doméstico continuaram negativos.
