Dos 204 genótipos de arroz avaliados, 9 apresentaram tolerância à baixa insolação ou baixa radiação na fase de maturação, o que os torna promissores em possíveis programas de melhoramento genético que busquem variedades mais resistentes a determinadas características climáticas. Eliel Enrique Petro Páez, mestre em Ciências Agrárias pela Universidade Nacional da Colômbia (UNAL) Sede de Palmira, explica que um genótipo é o conjunto de genes e informações genéticas que compõem um indivíduo de qualquer espécie.
Ele acrescenta que entre as características apresentadas pelos genótipos com melhor desempenho e maior fertilidade em ambientes de baixa radiação estão: possuir maiores reservas no caule do que nas folhas, índice de sumidouro (os grãos em formação e que recebem carboidratos) e a proporção de o peso dos grãos da panícula (um cacho de flores ramificado) para a área da folha. Segundo o pesquisador, o arroz é sensível às condições de baixa radiação, principalmente em sua fase reprodutiva (quando os grãos de arroz começam a se formar dentro de cada haste), e na fase de maturação (quando é definido quantos grãos de arroz preencherão o total das espiguinhas e quanto cada uma pesará).
“Quando há nuvens ou chuvas e a luz necessária não chega às plantas, a quantidade de fotoassimilação que se produz na fotossíntese é menor, o que faz com que a planta gere menos alimentos para produzir caules, folhas e grãos”, diz o pesquisador. Outro aspecto nocivo é a poluição dos gases e fumos da indústria, que também impedem que a luz chegue diretamente à cultura, trazendo consigo outros poluentes atmosféricos.