Os contratos futuros do açúcar iniciaram 2022 em queda na ICE de Nova York, diante de temores com a variante Ômicron do coronavírus que tem se alastrado por vários países do mundo numa velocidade sem precedentes. O lote para março/22 do açúcar bruto fechou contratado ontem a 18,74 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 14 pontos no comparativo com os preços da última sessão, ocorrida em 30 de dezembro. Já a tela maio/22 desvalorizou 10 pontos, negociada a 18,50 cts/lb. Os demais lotes recuaram entre 3 e 5 pontos.
Em Londres, na ICE Future Europe não houve sessão devido a um feriado nacional.
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, as chuvas generalizadas na região Centro-Sul do Brasil, a principal área produtora de cana-de-açúcar do mundo, provavelmente aumentarão as perspectivas de safra em 2022, após uma produção menor em 2021 devido à seca.
Os operadores destacaram também uma forte influência nos preços de uma demanda mais lenta, além do aumento da produção indiana como fatores negativos. "O Brasil exportou 1,94 milhão de toneladas de açúcar em dezembro contra 2,88 milhões de toneladas um ano atrás".
"As usinas de açúcar indianas produziram 11,56 milhões de toneladas de açúcar nos primeiros três meses da temporada de comercialização de 2021/22, um aumento de quase 4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior", destacou a Reuters.
No mercado doméstico o açúcar também iniciou o ano com uma pequena baixa pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. Ontem, a saca de 50 quilos do tipo cristal foi comercializada pelas usinas em R$ 154,82, um centavo de real a menos do que os preços do dia 30/12.
Já o etanol hidratado iniciou 2022 em alta pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas em R$ 3.413,50 o m³, contra R$ 3.396,00 o m³ praticado na quinta-feira da semana passada, valorização de 0,52% no comparativo entre as datas.