Publicado em 30/12/2021 19h43

Consumo de alimentos aumentou 48% no mundo

"O futuro importa, e importa para todos. Por isso, as discussões e trocas precisam ser cada vez mais frequentes"
Por: Leonardo Gottems

Dados divulgados pela Tropical Forest Alliance, plataforma global que apoia compromissos do setor privado em prol da produção de alimentos com sustentabilidade estimam que o consumo de alimentos aumentou 48% em termos globais nas duas primeiras décadas do século XXI. Os dados foram comparados com o mesmo período do ano anterior. 

"Se queremos alimentar 10 bilhões de pessoas em 2050 de uma forma sustentável, justa e transparente, precisamos pensar, juntos, em novas formas de fazer isso acontecer. Estou convencido de que a única forma de alcançarmos esse propósito é trabalhando em parceria como indústrias e produtores. O desafio é imenso. Teremos de produzir nos próximos 30 anos mais alimentos do que produzimos nos últimos 8 mil anos", alertou Fulco van Lede, CEO da Nutreco. 

No entanto, o levantamento aponta que 50% dos recursos do planeta já foram usados para atividades humanas. Diante dos números, Saskia Korinsk, CEO da Trouw Nutrition – empresa global da Nutreco que atua em alimentação animal –, reforçou que a responsabilidade é muito grande para que apenas uma empresa lidere a busca por novas formas de produzir alimentos. 

"O futuro importa, e importa para todos. Por isso, as discussões e trocas precisam ser cada vez mais frequentes. Assim como percebemos na pandemia, quando lidamos com os problemas reunindo esforços coletivos somos muito mais rápidos em encontrar soluções. Espero que consigamos fazer o mesmo com o desafio de alimentar mais pessoas sem impactar mais o meio ambiente. É tempo de agir", destacou Saskia. 

Com participação do vice-presidente da WWF-US, Jason Clay, a reflexão sobre a velocidade em que as mudanças têm acontecido se tornou o centro do debate. "Tudo acontece de forma muito mais rápida do que poderíamos imaginar há alguns anos. Isso significa que temos de aprender mais rápido e também responder com maior agilidade. O que é sustentável hoje pode não ser amanhã". 

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