Temores sobre a inflação global e a rápida disseminação da variante ômicron do coronavírus derrubaram as cotações do açúcar nas bolsas internacionais na última sexta-feira (17), segundo análise de operadores ouvidos pela Reuters. Em Nova York, na ICE Future, o açúcar bruto, vencimento março/22, encerrou a sexta cotado a 19,11 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 29 pontos no comparativo com os preços de quinta-feira. Já a tela maio/22 caiu 32 pontos, negociada a 18,72 cts/lb. OS demais contratos recuaram entre 11 e 37 pontos.
"Ainda estamos monitorando o petróleo bruto, que caiu conforme as preocupações com a ômicron aumentaram", disse um corretor à Reuters que destacou ainda que "negociantes disseram que o açúcar está preso em uma faixa de 18,50 a 20,50 centavos de dólar, com as preocupações com o tempo seco no principal produtor, o Brasil, e a desaceleração das exportações da Índia sustentando os preços. Por outro lado, a ômicron faz temer ganhos limitados".
"As expectativas de uma melhora na safra Centro-Sul do Brasil no próximo ano também pesaram no mercado, disseram os comerciantes. A Unica vê um aumento de 8,5% na produtividade agrícola na próxima safra, o que colocaria a safra de cana em cerca de 570 milhões de toneladas, próximo ao limite máximo das estimativas recentes", trouxe a Agência Internacional de Notícias.
Açúcar branco
Em Londres, na ICE Future Europe, o açúcar branco também fechou em baixa em todos os lotes na última sexta. O vencimento março/22 foi comercializado a US$ 498,00 a tonelada, recuo de 6,40 dólares no comparativo com o dia anterior. Já a tela maio/22 caiu 7,20 dólares, com negócios em US$ 494,80 a tonelada. Os demais lotes caíram entre 4,40 e 6,70 dólares cada.
Açúcar cristal
No mercado doméstico a sexta-feira também foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 154,46, contra R$ 157,43 da véspera, recuo de 1,89% no comparativo entre os dias.