O projeto tem como meta atender produtores que buscam o aumento sustentável e consciente da produtividade, observando simultaneamente a rentabilidade e o meio ambiente. Mais de 20 propriedades farão parte da primeira fase da iniciativa, que prevê a produção de, no mínimo, oito mil litros/dia e contará ainda com dois dias de campo anuais e a realização de workshops produtores e técnicos.
A Embrapa será a responsável pela implementação do Programa Balde Cheio e a referência técnica do projeto. A Dow AgroSciences prestará suporte na capacitação técnica das propriedades e contribuirá para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de espécies forrageiras. O acompanhamento prevê intensificar a pecuária a pasto, aprimorar a qualidade e, consequentemente, alavancar o aumento de produtividade e renda das fazendas.
O Sistema FAERJ/SENAR será responsável por executar os processos de regularização ambiental, além de acompanhar e monitorar os resultados sociais e econômicos da ação. A Secretaria de Agricultura e Pecuária, como apoiadora institucional, abrirá oportunidades de expansão do projeto no Estado.
Uma das propostas do projeto é qualificar esses pecuaristas para fornecer leite para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Entre as ações previstas estão a disseminação de práticas tecnológicas dentro da metodologia utilizada no Programa Balde Cheio para aumento de produção e gestão sustentável de negócios, a recuperação das pastagens degradadas e o estímulo à implantação de variedades de pastos adaptados à região, possibilitando o aumento de animais por hectare.
Estima-se que no Rio de Janeiro existam 1,4 milhão de hectares de pastagens, sendo que a pecuária leiteira ocupa 70% dessa área na região e a maior parte das pastagens encontra-se em estado avançado de degradação. O estado do Rio de Janeiro é o 3º maior consumidor, porém o 14º produtor de leite no Brasil.
De acordo com o chefe geral da Embrapa Pecuária Sudeste, Rui Machado, a parceria é importante para ampliar a transferência de tecnologias sustentáveis ao setor leiteiro do país, uma atividade que envolve, em sua maioria, pequenos produtores.
Para Maurício Salles, coordenador do Projeto Balde Cheio no Rio de Janeiro, o apoio da indústria proporcionará desenvolvimento sustentável às propriedades participantes. “O suporte da Dow dará condição aos técnicos capacitados pelo Programa Balde Cheio a prestarem consultoria para produtores de leite que buscam melhoria de renda em suas propriedades. Essa parceria é pioneira dentro do Balde Cheio e estamos orgulhosos de iniciar esse projeto juntos”, ressalta.
Sobre o Balde Cheio
O Balde Cheio é um programa que trabalha com uma metodologia inédita de transferência de tecnologia desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sudeste, em 1998. O programa capacita profissionais de extensão rural e produtores, promovendo a troca de informações sobre as tecnologias aplicadas em cada região de atuação, monitorando os resultados econômicos e sociais nos sistemas de produção. Indiretamente, o Balde Cheio também busca gerar renda nas propriedades participantes e melhorar a autoestima e dignidade do produtor rural.
No Rio de Janeiro, o Balde Cheio iniciou seu trabalho em 2003, quando o Senar-Rio e a FAERJ se associaram ao Sebrae-RJ para conduzir o programa no estado.