No artigo intitulado “Aquonegócio”, o pesquisador inicia a discussão afirmando que não se pode confundir Agropecuária com Agronegócio, sendo que este último se constitui de uma relação de produção, referente à cadeia produtiva agropecuária e florestal, e não as grandes empresas desses setores. Para demonstrar a importância do setor, o pesquisador lembra que o agronegócio representa de 25% a 30% do PIB brasileiro e, no comércio exterior, as cadeias produtivas ligadas ao agronegócio exportaram em 2013, perto de US$100 bilhões e importaram US$17 bilhões, incluindo até feijão, gerando um saldo de US$83 bilhões.
Ao propor uma discussão técnica sobre a utilização da água na produção de alimentos, descrevendo o processo através do qual a água é retirada da natureza, utilizada e devolvida ao meio ambiente, o quanto o desmatamento e a poluição prejudicam esse ciclo, o autor absolve o setor de ser o grande responsável pelos problemas que a região Sudeste apresenta. Segundo ele, tudo que é irrigado tem um consumo de água muito grande. O que não é irrigado possui um consumo relativamente baixo de água. Isso, entretanto, não quer dizer que essa água “fique” no produto. Toda planta precisa de água, como os humanos, porém, essa água é utilizada e volta para o ciclo.
E conclui, “longe de ser a vilã na questão da água, a Agropecuária é perfeitamente sustentável do ponto de vista hídrico, e é a grande produtora de água para outros usos sociais, não sendo, de modo algum, fator de escassez de água. É um verdadeiro “aquonegócio”, pelo qual não existe nenhuma remuneração!”.