O agricultor Décio Zampieri, por exemplo, já está com as ceifas ‘a todo o vapor’ retirando a safra de soja, mas os tratores com as plantadeiras ainda estão guardados nos barracões. Em anos anteriores, ele programava o plantio ao mesmo tempo em que colhia a soja.
“Já são 20 dias sem chover aqui na região. Deu uma garoa aqui e outra acolá, mas a umidade do solo não é suficiente para plantar, pois se der mais alguns dias de sol, o trabalho será perdido”, comentou, ao Agro Olhar. Décio escolheu o algodão como opção de segunda-safra. “Se eu plantar agora, a planta vai nascer, mas com esse tempo ela morre”, reclamou.
Quem também está preocupado é o produtor Jorge Shilickman, o “Alemão”. O agricultor plantou dois mil hectares de soja em três fazendas e já está colhendo, mas a ‘seca de janeiro’ o impediu de lançar as sementes de milho ao solo. “Eu nunca vi isso em Mato Grosso. Geralmente dá uma estiagem no começo das chuvas, mas nessa época, em anos anteriores, estávamos preocupados com a colheita de tanta chuva que caía”, lembra.
Segundo o Clima Tempo, a previsão para o decorrer da semana, em Nova Mutum, é de pancadas de chuvas isoladas. Conforme os dados do instituto, só deve chover com intensidade entre os dias 8 a 10 de fevereiro. Para Sorriso e Lucas do Rio Verde, as condições do tempo são semelhantes à de Nova Mutum. Os três municípios são considerados o “celeiro” do Estado, devido à alta produção de grãos.