Publicado em 26/02/2021 13h31

Automação da ordenha se torna ponto de virada da pecuária leiteira

Robôs Lely Astrounaut ajudam a focar na produtividade, favorecem o manejo sanitário e pacificam a ordenha
Por: Assessoria de imprensa

A ordenha do gado leiteiro feita por meio de robôs deixou de ser ficção científica e passou a ser rotina nas propriedades que se destacam na pecuária. É o que apontam pecuaristas que implantaram os robôs de ordenha Lely Astronaut. Criado para permitir fluxo livre das vacas (Free Cow Traffic), esse sistema de automação permite que as vacas descansem por maior tempo, colabora para um baixo índice de estresse animal e melhora o ambiente de ordenha.

Na prática, as vacas ficam livres para escolher quando comer, beber, descansar ou ir à ordenha. A liberdade para entrar no robô e ser ordenhada sem estresse favorece um maior tempo de alimentação e descanso. Quando somados ao manejo e à fertilidade do animal, esses benefícios trazem resultados reais como longevidade e otimização da produção.

Entre os ganhos que já foram observados em propriedades brasileiras se destaca o aumento da frequência de ordenhas. Além da quantidade, se observou uma maior eficiência. Dessa forma, animais com potencial produtivo serão ordenhados em torno de 4 a 5 vezes/dia; os com menor produção ou em final de lactação serão ordenhados 2 vezes a 3 vezes por dia, gerando em média 2.7 até 3.2 ordenhas por dia.

De acordo com o gerente comercial da Lely no Brasil, João Vicente Pedreira, a automação tem representado um ponto de virada para os pecuaristas. “O produtor brasileiro é reconhecido por conseguir vencer desafios sanitários, climáticos e até econômicos. O momento atual é de grandes transformações em modelos de negócios e também por isso é uma oportunidade para melhorar o manejo e alcançar novos índices produtivos”, analisa.

Entre os benefícios, ele destaca os ganhos com a gestão depois da ordenha robotizada. Os responsáveis pelas vacas passam a acompanhar melhor a saúde dos animais, medir a ruminação e os sensores que monitoram a qualidade do leite. “No curto prazo, o ambiente de produção é aprimorado e, no médio prazo, os números comprovam que essa mudança pode ser o novo ponto de virada da pecuária leiteira no Brasil”, complementa.

Autonomia e estímulo

Quando a vaca entra no robô, é feita uma leitura automática da coleira do animal. Com base nas informações coletadas, o software de gestão e manejo Lely direciona a ordenha de forma customizada. Na prática, isso significa que a alimentação da vaca é adequada ao seu histórico físico, sanitário e produtivo. São combinados até cinco tipos de ração e distribuídos pelo sistema autônomo, incluindo um alimento líquido.

Os processos de higiene e estimulação caminham juntos. São usadas escovas para limpeza e desinfecção do úbere da vaca, procedimento mais completo do que um simples enxague. Não é utilizado sistema de vácuo, o que reduz ao mínimo as perdas e o risco de contaminação cruzada. Essa limpeza feita por escovas também estimula os nervos nos tetos: o incentivo por contato com as escovas vai da medula espinhal até a glândula pituatária, localizada no cérebro da vaca e responsável por outras glândulas nos animais.

Quando se conecta para começar a coleta, o sistema da Lely prioriza o teto mais lento. Por ser capaz de se mover e acompanhar movimentos da vaca, a teteira reduz as chances de ser pressionada pela pata do animal e se desconectar. Caso isso ocorra, o tubo se reconecta rapidamente antes de tocar o chão e o fluxo de ar é cortado para evitar a sucção de qualquer impureza.

Software de gestão

Outro destaque está na pré-ordenha. Existe uma pequena quantidade de leite que não pode ser aproveitado. Com o Lely Astrounaut, o descarte do leite da pré-ordenha é baseado no volume em vez do tempo. Dessa forma, apenas nove milímetros de leite são descartados e nenhuma gota de leite de qualidade é desperdiçada.

Para ajudar na gestão de saúde do rebanho, o programa desenvolvido pela Lely identifica possíveis níveis baixos de produção. Quando isso ocorre, um alerta é emitido pelo programa e o fluxo daquela teteira é interrompido. “Se houver algum problema de saúde em estágio inicial, o programa ajuda a indicar essa possibilidade quando a vaca apresenta baixo índice de produção, o que permite investigar e tratar o animal de forma mais eficiente”, explica Pedreira.

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