Uma coleção de híbridos desse programa de melhoramento foi introduzida em 2010 nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) — que tem um campo avançado no Centro-Sul —, por meio de trabalho conjunto com a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) e a Embrapa Produtos e Mercado (Escritório de Negócios de Dourados). Após o processo de avaliação, que contou com a participação de diversas instituições parceiras, esses clones foram selecionados. Nas três safras em que foram avaliadas, a BRS 396 e a BRS 399 apresentaram produtividade de raízes superiores à cultivar padrão IAC 576-70 — aumento em média de 40% e 73%, respectivamente. Por terem a polpa amarela, as duas obtêm vantagem em relação à cultivar padrão, cuja polpa da raiz é creme, pois a coloração amarela tem a preferência do mercado de mandioca de mesa da região. Além disso, a coloração amarela está relacionada à presença de maior quantidade de betacaroteno (precursor da vitamina A).
Multiplicação de mudas de mandioca – projeto Reniva
Quem visitar a Coopavel também vai receber informações sobre o projeto Reniva ("Rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária"), que tem por objetivo constituir uma rede de multiplicação e distribuição de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária tanto para pequenos agricultores familiares quanto para os grandes agricultores das principais regiões produtoras de mandioca em todo o país.
Trata-se de uma estratégia para promover efetivo ganho de qualidade e produtividade no sistema de produção da mandioca, ao promover maior sustentabilidade e competitividade para esta cultura e disponibilizar manivas (mudas) em quantidade suficiente e nos períodos de maiores demandas, em função das melhores épocas de plantio. A ideia nasceu a partir do trabalho da equipe de transferência de tecnologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura em uma iniciativa que visa preencher a importante lacuna relacionada à falta de material propagativo de mandioca para o sustento dessa atividade geradora de alimento e renda da agricultura familiar brasileira.
Variedades de banana
Certa de que o controle genético é o método mais eficiente e econômico para o convívio com doenças de plantas, a Embrapa desenvolve um programa de melhoramento genético de bananeiras resistentes às principais doenças da cultura. O público vai conhecer as vantagens de duas variedades geradas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura.
A BRS Princesa apresenta a maioria das suas características, tanto de desenvolvimento quanto de produtividade, semelhantes e/ou superiores à cultivar Maçã, de preferência nacional, mas em escassez no mercado devido a sua suscetibilidade ao mal-do-Panamá. A grande vantagem da BRS Princesa é, justamente, ser tolerante a essa doença, além de apresentar resistência à Sigatoka-amarela.
A outra variedade é a BRS Platina, resistente à Sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá, e que apresenta porte médio e características tanto de desenvolvimento quanto de rendimento idênticas às da Prata-Anã. Em grande parte do mercado brasileiro, a Prata-Anã reina absoluta, contudo sua produção está ameaçada em função da elevada incidência do mal-do-Panamá. A BRS Platina foi desenvolvida para fazer frente a essa limitação fitossanitária.
Controle biológico do mandarová da mandioca
A Embrapa também vai expor a tecnologia que utiliza o Baculovirus Erinnyis para o controle biológico do mandarová da mandioca, inseto de ocorrência esporádica e elevada capacidade de consumo foliar, que pode causar completo desfolhamento e redução na produção, principalmente quando o ataque ocorre em plantas jovens, nos primeiros cinco meses após o plantio. O Baculovirus é um vírus de ocorrência natural, específico, que ataca somente lagartas do mandarová causando infecção generalizada nas larvas, levando-as à morte. O controle do mandarová utilizando esse vírus representa uma alternativa viável, econômica e segura, que pode causar mortalidade de até 100% das lagartas.