As regiões mais afetadas na atualidade são Mato Grosso e oeste da Bahia, com perdas estimadas em até 40% da produção. “O verme reduz o crescimento e a emissão de flores e frutos decorrentes do parasitismo na raiz”, afirma Nelson Suassuna, pesquisador da entidade.
Segundo ele, outras duas espécies preocupam: “apesar de menos nocivos, o Rotylenchulus reniformis e o Pratylenchus brachyurus estão presentes no Cerrado e merecem atenção”. Conforme o levantamento de dados nas safras 2011/2012 e 2012/2013, a espécie de maior ocorrência e distribuição espacial foi P. brachyurus, detectado em 96% das amostras de forma homogênea em todo o estado.
Meloidogyne incognita estava presente em 23% das amostras, com maior concentração nos núcleos de produção centro-leste, centro, centro-norte e norte; de forma intermediária, no núcleo sul; e com menor incidência nos núcleos médio-norte, principalmente noroeste. Já a espécie Rotylenchulus reniformis foi constatada em 10% das amostras, com maior ocorrência na região sul e ocorrência intermediária nas regiões centro e centro-norte.
A espécie Heterodera glycines, causadora de doença em soja, foi observada em cerca de 15% das amostras, principalmente nos núcleos centro-norte e noroeste. Com relação a essa última espécie, é importante ressaltar que ela só foi detectada em amostras de solo, sobretudo em áreas de algodão de segunda safra após soja, pois esse nematoide não é patogênico à cultura do algodoeiro.