Desde agosto de 2013, o BC realiza leilões diários de contratos de swap cambial. Isso equivale a vender dólares no futuro. Os investidores, em vez de comprarem dólares agora, ficam com um papel, que garante um preço predeterminado mais para a frente. Com a compra de papel no lugar do dólar, a moeda tem menos procura agora e tende a cair de valor.
O programa de leilões vem sendo estendido e deve durar, pelo menos, até março deste ano.
Essas intervenções do Banco Central ajudam a definir a cotação do dólar. Quanto mais operações o BC faz, maior a pressão para baixar a cotação.
Quando muitos investidores estão apostando na alta do dólar, o BC aposta na baixa para contrabalançar o movimento, o que, consequentemente, evita uma alta excessiva da moeda norte-americana.
Se o mercado estiver errado ao apostar na alta do dólar, o Banco Central acaba lucrando. Neste caso, no entanto, o mercado estava certo, e o BC acabou perdendo os R$ 17 bilhões.
Até novembro, o resultado estava praticamente zerado: o saldo tinha sido positivo em 7 de 11 meses. Só em dezembro, no entanto, as operações registraram saldo negativo de R$ 17,045 bilhões, puxando o resultado para o vermelho.