São três os tipos dessa leguminosa: breviflora, spectabilis e ochroleuca, todas com crescimento rápido. Estudos com o seu uso no manejo dos nematoides são realizados há anos e de acordo com a pesquisadora é comprovada a eficácia no controle das populações do verme. O primeiro passo que o produtor deve adotar é conhecer sua área, segundo Rosangela. “É fundamental saber qual o nematoide que está presente em sua propriedade. Dependendo do tipo altera-se a Crotalária a ser utilizada”. Atualmente o mais comum no MT em quantidade é o Pratylenchus brachyurus, porém os nematoides de galha e de cisto são os que causam os maiores prejuízos à soja.
Depois de feito o diagnóstico, o produtor pode optar por cultivar a leguminosa de acordo com o nematoide. “Para o manejo do Pratylenchus brachyurus a indicação é o uso de qualquer Crotalária e não plantar milho, pois aumenta a população desse nematoide. Para de galha, Meloidogyne javanica, orientamos a plantar milho dotado de resistência e algodão; com opção de rotação com as crotalárias C. breviflora e C. spectabilis. Já para a espécie Meloidogyne incognita sugerimos qualquer uma delas e não plantar milho. Por fim, para os nematoides de cisto, o produtor deve usar qualquer um dos três tipos de leguminosas como forma de manejo ou cultivar uma variedade com resistência a ele”, explica a nematologista.
Outra opção é o consórcio da Crotalária com o milho. Essa é mais rentável ao produtor, que além de estar fazendo o controle dos nematoides ainda pode lucrar com a venda do grão. Detalhe importante é com relação ao tempo que se deve plantar a leguminosa. Conforme relata Rosangela, se a população de nematoides for alta é preciso deixar mais tempo no campo a Crotalária. “Além disso, após uma safra com a leguminosa já é possível ver a redução dos nematoides na área”.