De acordo com o estudo, o valor do investimento para defesa do cultivo passou de US$ 58,02 (em 2012) para os atuais US$ 80,39 na safra 2013/2014. Já o número de aplicações teve um aumento de 16,5% – passou de 7,9 na safra passada para 9,2 nesta safra. O gasto médio dos produtores no controle de pragas chegou a R$ 1,6 mil por hectare, o que representou cerca de 32% do custo de produção da cultura.
Por outro lado, o número de aplicações de produtos para outras pragas em geral teve redução de 18,55%. A pesquisa Amis aponta que os produtores gastaram US$ 333,96 por hectare com inseticidas nesta safra ante US$ 410,01 no ano passado. “Isso se deve à adoção de biotecnologia, que levou o produtor a deixar de aplicar produtos específicos para lagartas, com custo mais alto. Outro fator foi a diminuição no número de aplicações, que passou de 17, no ano passado, para 15,6 nesta safra”, aponta a consultoria.
“Apesar de todo o esforço com o uso de controle químico, as perdas ocasionadas pelas principais pragas da cultura (bicudo, Helicoverpa, mosca-branca, percevejos), incluindo-se os gastos de aplicação, chegam próximo a R$ 2.700,00 para cada hectare de algodão no Brasil”, afirma José Ednilson Miranda, pesquisador da área de Entomologia da Embrapa Algodão.
A Embrapa tem alertado para o aumento populacional do bicudo: “Áreas em que o controle adequado a tempo hábil é uma constante, baixos níveis populacionais são registrados, sendo estas áreas consideradas como zonas de baixa prevalência do inseto. Por outro lado, em áreas de manejo inadequado, verifica-se alta densidade populacional, caracterizando-se como zonas de alta prevalência”, explica Miranda.
