Porém, essa redução só não foi mais incisiva graças aos chamados “importadores menores”. Porque, considerado o grupo dos 10 principais importadores, a queda de volume sobe para 1,3%.
Claro, o retrocesso não foi generalizado, ficando restrito a quatro países do grupo dos 10. E – talvez não por acaso – foi ocasionada principalmente por países comunistas. Ou, segundo o nível de queda apresentado, por Rússia, China e Cuba, respectivamente.
A Rússia, declarado o embargo ao frango norte-americano em agosto de 2014, nada mais importou a partir do mês seguinte, setembro. Assim, suas importações anuais devem ter ficado nas atuais 143,9 mil toneladas, o que, se confirmado, significará pouco mais da metade do total importado em 2013 (276,1 mil toneladas).
A China também registra redução significativa, de mais de 12%. Mas esse recuo precisa ser encarado com ressalvas, porquanto Hong Kong, outra porta de entrada para o mercado chinês, aumentou o volume importado em mais de 50%. Com isso, os importadores chineses se mantêm como o terceiro principal mercado do frango norte-americano, atrás apenas de México e Angola.
A redução apresentada por Cuba foi apenas marginal, de pouco mais de 1%. E, tudo indica, tende, doravante, a ser totalmente revertida, com o fim do bloqueio mantido pelos EUA desde 1962.
Vale registrar, neste caso, que as exportações de alimentos dos EUA para Cuba estão liberadas desde 2000, mas sempre estiveram vinculadas ao pagamento antecipado. Com o fim dessa exigência, a participação cubana nas exportações norte-americanas de carne de frango deve subir significativamente.