Embora indesejada e lamentável (sobretudo se considerado o momento econômico brasileiro) as baixas até agora registradas nada têm de anormal. Inserem-se no quadro que pode ser chamado de “síndrome de janeiro” – período em que, passadas as Festas, o consumo retrai-se e se agrava ainda mais com as férias de boa parte da população.
Sob esse aspecto, aliás, o comportamento atual do mercado é muito similar ao observado em janeiro do ano passado. E que, por sinal, não foi muito diferente do registrado em anos anteriores.
O ano de 2015 – sabia-se de antemão – será economicamente penoso, com reflexos que devem afetar o consumo de bens em geral. Mas estamos falando de alimento. E alimento que continua apresentando alta acessibilidade comparativamente aos concorrentes mais próximos.
Assim, o atual processo de perda de preço tende, senão a uma reversão, à estabilização a partir do instante em que os brasileiros retornem às suas atividades rotineiras. Esse processo começa a ser desencadeado na próxima semana, no início de fevereiro, momento em que boa parte das atividades escolares são retomadas.
Portanto, para a semana corrente, última de janeiro, as perspectivas favoráveis são mínimas, exceto pelo fato de que, no sábado (31) e domingo (1º de fevereiro), os estoques domésticos começam a ser repostos. Ou seja: pode não ser uma semana inteiramente perdida.