Com uma área de 360 hectares, um dos produtores que está colhendo o milho é Ivo Bencke. Dos 120 hectares que ele plantou no mês de agosto, até ontem, colheu 85 hectares e o rendimento é de 10 mil quilos por hectare. Bencke afirma que a colheita, a qual iniciou no dia 6, está atrasada em função das constantes chuvas verificadas durante o mês de janeiro e que o milho já passou do ponto de colheita. Mesmo assim, ele está satisfeito.
Ainda ontem, Bencke iniciou o plantio de soja safrinha no sistema de plantio direto, na resteva do milho. Como esta soja deverá estar colhida até o fim de maio, em junho, ele plantará trigo sobre a palhada da soja. Assim, ele fará três colheitas na mesma área neste ano.
Uma parte do milho, Bencke usa para consumo próprio e o restante ele vende. No momento, como o grão está com um preço bom, entre R$ 29 e R$ 30 a saca de 60 quilos, está vendendo o cereal que está colhendo. O que não vende, armazena no silo-secador próprio que possui na sua propriedade, localizada em Linha Isabel. Os 360 hectares estão localizados em diversas localidades.
Incremento da produção
Conforme o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Vicente Fin, o milho é uma cultura que teve significativo incremento técnico nos últimos anos, principalmente no tardio devido ao uso dos silo-secadores e secadores para secagem e armazenagem. Nesta área estão incluídos cerca de 3 mil hectares de milho destinado para silagem, sendo 1,5 mil hectares na safra e mais 1,5 mil hectares na safrinha. A produção deste grão, segundo Fin, tem significativo volume de alimento - em torno de 85,5 mil toneladas, destinado a bovinos de leite e de corte e de renda para 13 famílias que comercializam em nível de Estado, na forma ensacada com um bom valor agregado de venda.
Ainda é destacada a área de milho verde em espiga, que por meio dos ceaseiros é escoado ao mercado, o que soma 586 hectares, e o mini-milho para conserva, o que soma 25 hectares e ajudam na agregação de valor junto às agroindústrias familiares de conservas.
Também está lentamente sendo ampliado o uso de armazenamento na forma de grão úmido, principalmente para suínos e peixes, conferindo melhor conversão, com volume de grãos superior a 120 toneladas por ano.