Pelo segundo ano consecutivo, Rio Verde, cidade localizada na Região Sudoeste do Estado, fecha 2014 como o município goiano que mais vendeu para o mercado internacional. No ano passado, os valores chegaram a US$ 596,7 milhões, motivados principalmente pelas vendas de soja e seus derivados, milho, carnes e algodão. Rio Verde foi responsável por 8,55% do total das exportações goianas.
Grande produtora do minério sulfeto de cobre, Alto Horizonte ficou em segundo lugar no ranking dos municípios exportadores. O cobre é a matéria prima mais utilizada na fabricação de cabos e fios utilizados na transmissão elétrica e na telefonia, em razão da sua elevada capacidade de condução térmica. Esses dois setores absorvem cerca de 45% da produção mundial. Os países asiáticos (China, Coreia do Sul e Índia) foram os principais compradores da produção goiana. lto, Itumbiara, Anápolis, Palmeiras de Goiás, Mozarlândia, Luziânia, Goiânia e Ouvidor completam, nessa ordem, o ranking dos dez maiores municípios exportadores de Goiás.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação, vice-governador José Eliton, garante que essa busca constante por novos mercados respalda o sucesso da balança comercial goiana. “Como podemos observar, mais de ¼ dos municípios goianos já tem mercado no comércio mundial, fortalecendo as economias regionais.”
Mineradora
Localizada na região do São Patrício, Barro Alto abriga a Anglo American, uma das maiores mineradoras e companhias de recursos naturais do planeta, que explora uma mina de níquel na cidade e exporta sua produção para os Estados Unidos, Itália e China. Também grande produtor de minério, só que de ferroligas, Ouvidor, no Sudeste goiano, destinou o produto para a Holanda.
As carnes bovinas, que representaram 20% das exportações goianas, foram os principais produtos exportados pela Capital e pelos municípios de Palmeiras de Goiás e Mozarlândia.
Além do óleo de soja e de outros derivados sólidos da soja, Anápolis obteve destaque pela exportação de produtos manufaturados como instrumentos e aparelhos para regulação ou controles automáticos, glicerol, máquinas e aparelhos elétricos, medicamentos, máquinas automáticas para processamento de dados.
As cidades de Itumbiara e Luziânia, sempre consideradas estratégicas para a economia goiana, também tiveram bons desempenhos no comércio exterior. A cidade do Sul do Estado exportou couros e peles curtidos, soja e derivados e milho, destacando-se, ainda, pelos produtos com valores adicionados como preparações para nutrição animal, sais e hidróxidos de amônio, lecitinas e grupos electrogéneos e conversores rotativos e elétricos, partes e acessórios de veículos acessórios e lubrificantes. A cidade do Entorno contribuiu com a venda de soja e seus derivados, milho, algodão e outros produtos alimentícios.
Novos exportadores
Em 2014, outras seis cidades goianas passaram a fazer parte do grupo de municípios que exporta para o mercado internacional. Águas Lindas, cidade do Entorno de Brasília, vendeu ceras vegetais para o Vietnã, país localizado no Sudeste Asiático. Já os confeccionistas de Itapuranga conseguiram colocar seus produtos no exigente mercado japonês. O algodão vendido para a China, Itália, Indonésia, Turquia e Taiwan garantiram as exportações de Montividiu.
Completam o grupo Santa Bárbara, que exportou o minério titânio para a Argentina, e Vicentinópolis, que atendeu Arábia Saudita, Nigéria e Emirados Árabes com produtos da cana-de-açúcar. Esses novos municípios exportadores buscaram mercado nas mais variadas regiões do mundo. Inseriram seus produtos na América do Sul, Europa, Ásia, África e Oriente Médio.