Publicado em 20/01/2015 13h26

Técnicos realizam vistorias para prevenir pragas em lavouras de milho e soja

Técnicos da Emater/RS-Ascar estão realizando vistorias nas lavouras de milho e soja na região administrativa de Soledade, para prevenir perdas causadas por lagartas e, uma vez detectada a necessidade, realizar o controle biológico de pragas.
Por: Emater - RS

Em Lagoa Bonita do Sul, os extensionistas do escritório local da Instituição têm realizado, semanalmente, visitas às propriedades rurais do município. ?As lavouras são monitoradas através de vistorias regulares, buscando observar e identificar a incidência de pragas, bem como o nível de dano econômico em decorrência destas pragas?, relata o técnico em agropecuária Jéferson Dallemole. Segundo o extensionista, durante o monitoramento é necessário também acompanhar e observar a presença de inimigos naturais.

Em 2014 foi lançada pela Emater/RS-Ascar a segunda edição da Campanha para o Controle Biológico de Lagartas nas culturas do milho e da soja. De acordo com o engenheiro agrônomo e assistente técnico do escritório regional de Soledade, Josemar Parise, nas lavouras de milho as ações estão voltadas para o controle da Spodoptera frugiperda, popularmente conhecida como lagarta do cartucho. ?Nessa cultura as ações estão concentradas nas lavouras de milho semeadas no tarde, em resteva de fumo. Para isso, está sendo utilizado o Trichogramma pretiosum, que é uma vespinha que tem parte do seu ciclo biológico no interior dos ovos da mariposa Spodoptera e, desta forma, inviabiliza a eclosão das lagartas?, ressalta Parise.

Segundo Dallemole, a presença dessa lagarta é notada inicialmente pela ?raspagem? da folha do milho, uma vez que a lagarta em seu desenvolvimento inicial não consegue consumir totalmente a folha, apenas raspando a mesma. ?No entanto, para que seja utilizada a vespinha, o agricultor deve primeiramente comunicar aos técnicos da Emater no momento do plantio do milho?.

Ainda de acordo com Dallemole, para as lavouras do cedo, geralmente não existem grandes ataques, não sendo necessária, em muitos casos, a utilização de métodos de controle. Porém, para os milhos da resteva de fumo ou plantios mais tardios, o agricultor deve, de forma geral, realizar a encomenda cerca de sete dias após o início da germinação do milho. ?Nas lavouras de plantio tardio, o ataque é mais intenso e ocorre já nos primeiros dias após a germinação?, expõe o extensionista.

Quanto à cultura da soja, Dallemole ressalta que está sendo realizado o monitoramento de pragas nas lavouras, principalmente das lagartas. Os produtores estão sendo orientados para efetuarem o controle dessas áreas usando produtos biológicos. ?No caso da soja, o controle biológico é realizado com o Bacillus thuringiensis, sendo que os melhores resultados acontecem quando a aplicação ocorre no momento em que as lagartas estão nos estágios iniciais de desenvolvimento?, finaliza o extensionista.

Entre os benefícios do controle biológico, estão a diminuição da utilização de agrotóxicos, preservação dos inimigos naturais e facilidade na aplicação. A prática ainda não apresenta risco de contaminação de quem faz a distribuição das vespinhas, demonstrando excelente resultado quando utilizado na forma e época correta, pois as vespinhas parasitam os ovos da lagarta antes que ocorra sua eclosão e, deste modo, antes de ocorrer danos na cultura.

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