Publicado em 15/10/2014 11h36

Suplementos bovinos: investimentos em nutrição intensificam atividade

A atual valorização histórica da arroba do boi em termos nominais, embora cíclica, pode acarretar em mudanças definitivas para a pecuária de corte. Ao que (quase) tudo indica, o produtor começou a perceber que a eficiência comercial e produtiva dentro da porteira será bem mais importante ao longo dos próximos ciclos do que o preço da arroba propriamente dito.
Por: Canal Rural

boi gordasso

Prova disso é que nos resultados da safra 2013/14 da consultoria Terra Desenvolvimento, as fazendas que venderam boi ao preço médio mais alto, por R$ 121,70, estiveram longe de ter a mesma média que as mais rentáveis, que venderam a arroba por R$ 108,45 em média. “A partir da leitura dessa situação, o produtor rural passou a entender a necessidade da intensificação. E como, em sua maioria, eles buscam resultados imediatos, isso acaba significando investimentos em nutrição, que com 15 a 30 dias já provocam efeitos visíveis”, relaciona o zootecnista e gerente técnico comercial da Adames, Antônio Lúcio Espírito Santo Gomes.

Para Gomes, a combinação entre valorização da arroba e preços mais acessíveis dos grãos, sobretudo milho, favorecem confinamento e confinamento a pasto. “Temos visto muito o pequeno pecuarista confinando. Esse produtor não quer mais ver o boi erando no seu pasto, então ele está focando na estratégia de terminar esse animal com 30, depois 24 meses, ou seja, ele suplementa na recria, quando o gado tem explosão de crescimento. Isso poupa investimento na fase da engorda”, revela o zootecnista.

Ainda que não aconteça em grande volume, a oferta de gado confinado deverá aumentar em 2014. Dados da Agroconsult apontam que o número animais terminados no cocho será maior que o de 2013 (310 mil cabeças a mais), marcando a casa dos 4,66 milhões de abates. No Mato Grosso, detentor do maior rebanho do país, o aumento será de 3,8%, somando 745.580 animais

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