As exportações brasileiras de ovos somaram US$ 16,8 milhões em 2014, valor que representa uma queda de 20,6% na comparação com a receita de 2013. Em volume, a queda foi de 1,4%, para 12,2 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O desempenho só não foi pior porque em dezembro as vendas externas de ovos praticamente dobraram, reduzindo em parte as perdas acumuladas no ano.
No último mês de 2014, os embarques totalizaram US$ 2,8 milhões, alta de 92,8% na comparação anual. O volume chegou a 2,2 mil toneladas, um salto de 112%. "O desempenho do setor foi especialmente afetado pela suspensão das exportações para Angola, ocorrida nos meses de março e abril. A retomada aconteceu já em maio, mas em níveis inferiores aos que eram praticados até então", explica, em nota, o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.
Os embarques para o mercado angolano encerram 2014 com queda de 71%, tanto em receita quanto em volume. O continente africano acompanhou o desempenho negativo. Ao todo, a receita e o volume das exportações para os países da África ficou 69% menor do que o registrado em 2013. "As perdas causadas pelos embarques para a África foram reduzidas com a forte elevação das importações dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita", pondera Ricardo Santin, vice-presidente de aves da ABPA.
Os dois países foram os principais importadores de ovos no Brasil em 2014. Os Emirados Árabes Unidos importaram 8,71 mil toneladas no ano passado (+65%), gerando receita de US$ 10,8 milhões (+56%). Para a Arábia Saudita, os embarques chegaram a 404 toneladas (+198%), com receita de US$ 630 mil (+195%).