Com este desempenho, o setor de postura reduziu as perdas acumuladas no ano, fechando com queda de 1,4% na comparação com o total embarcado em 2013, atingindo 12,2 mil toneladas. Em receita, a retração ficou em 20,6% segundo a mesma comparação, com US$ 16,8 milhões.
“O desempenho do setor foi especialmente afetado pela suspensão das exportações para Angola, ocorrida nos meses de março e abril. A retomada aconteceu já em maio, mas em níveis inferiores aos que eram praticados até então”, explica o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.
Para o mercado Angolano foram exportadas 1,29 mil toneladas nos doze meses de 2014, desempenho 71% inferior ao total de 2013. Também a queda em receita foi de 71%, com US$ 2 milhões. Considerando todo o continente africano, os embarques chegaram a 1,64 mil toneladas, com receita de US$ 2,5 milhões – ambos, 69% inferiores ao acumulado no ano anterior.
Se o setor registrou perdas na África, os embarques para o Oriente Médio seguem rumo inverso – consolidando a região como maior importador de ovos do Brasil. Para lá, foram embarcadas 9,11 mil toneladas, desempenho 67% superior ao acumulado em 2013. Em receita, o crescimento foi de 47%, chegando a US$ 11,4 milhões.
“As perdas causadas pelos embarques para a África foram reduzidas com a forte elevação das importações dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita”, explica Ricardo Santin, vice-presidente de aves da ABPA.
Atualmente na liderança dentre os importadores, os Emirados Árabes Unidos importaram 8,71 mil toneladas no ano passado (+65%), gerando receita de US$ 10,8 milhões (+56%). Para a Arábia Saudita, os embarques chegaram a 404 toneladas (+198%), com receita de US$ 630 mil (+195%).
Ao todo, 503,1 mil caixas de 30 dúzias de ovos in natura foram embarcadas em 2014, número 0,3% superior ao registrado em 2013. De ovos líquidos foram exportadas 1,2 mil toneladas (21,7%) e de ovo processado (desidratado), 82,2 toneladas (-71,8%).