O especialista também informa que a ausência de chuvas generalizadas é acompanhada por temperaturas acima da média, o que agrava a situação das lavouras, uma vez que eleva os índices de evapotranspiração. “Os próximos dias não serão totalmente secos nas regiões produtoras de Mato Grosso, mas continuarão na forma de pancadas de fim de tarde”, diz Santos.
Nery Ribas, diretor técnico da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), diz que a média geral no Estado é de 15 a 20 dias sem chuvas regulares e altas temperaturas. “Com o início do plantio mais tarde, as plantas estão agora na fase de enchimento de grãos. A chuva é essencial para o desenvolvimento e isso define a produtividade da lavoura, o que pode comprometer a estimativa inicial”, explica.
Por outro lado, o clima seco não favorece a propagação de doenças, mas o produtor rural precisa continuar atento à sua lavoura. “Há presença da Ferrugem Asiática em lavouras de todo o Estado e, com o início da colheita, é necessário muita atenção”, alerta Nery Ribas. A seca favorece, entretanto, a proliferação de pragas e, para este combate, a recomendação é a utilização do Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP).
De acordo com a previsão da Somar Meteorologia, a partir do dia 22 de janeiro o bloqueio atmosférico deverá ser rompido com o avanço de uma frente fria. “Assim, não só as chuvas retornarão de forma mais abrangente a todas as regiões produtores, como também as temperaturas sofrerão um bom declínio”, explica Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista.