A redução foi observada no café conilon, que registra queda entre 8,8% e 6,3%. De acordo com o diretor do Departamento do Café do Mapa, Rodolfo Oliveira, a diminuição pode ser verificada devido às questões climáticas. “A forte estiagem no final da safra anterior e o intenso frio durante a florada da safra atual interferiram de maneira negativa na produtividade”, explicou. Já o café arábica pode apresentar um crescimento que varia de 0,6% a 6,5%. O resultado é reflexo do crescimento da cultura na Zona da Mata mineira e na produção no Paraná.
Estimada entre 32,50 e 34,40 milhões de sacas, a produção de café arábica corresponde a 75,1% do volume de café produzido no país e tem como maior produtor o estado de Minas Gerais, com o volume variando entre 22,36 e 23,61 milhões de sacas. Já a produção do conilon, contabilizada entre 11,61 e 12,21 milhões de sacas, representa 24,9% do total nacional e tem como maior produtor o Espírito Santo, com uma produção entre 8,52 e 8,96 milhões de sacas.
Área
O plantio em termos nacionais deve ocupar uma área em produção de 1,94 milhões de hectares, apresentando uma ligeira queda de 0,6% em relação à safra passada, com uma redução de 12,07 mil hectares. Minas Gerais concentra a maior área plantada, de 973,58 mil de hectares, predominando a espécie arábica, com 98,64% do total no estado. Isto representa 49,63% da área cultivada no país. A segunda colocação é do Espírito Santo, com 435,27 mil hectares. A área do conilon, no estado, é de 283,05 mil hectares.
Exportação
As exportações de café alcançaram o valor de U$ 6,66 bilhões entre janeiro e dezembro de 2014, receita 26,27% maior do que os U$ 5,27 bilhões totalizados no mesmo período em 2013. O volume de remessas internacionais do café nos doze meses de 2014 aumentou em 14,76% em relação ao mesmo período em 2013. Ao todo foram 36 milhões de sacas de café de 60 kg vendidas ao exterior em 2014, sendo que em 2013 foram exportadas 32 milhões de sacas.
Esses são dados do Informe Estatístico do Café, que é publicado mensalmente pelo Departamento do Café (DCAF) da Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE) do Mapa. Em 2014 o café se tornou o quinto item mais exportado do agronegócio brasileiro, ficando atrás do complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro e produtos florestais, diferentemente do que aconteceu em 2013, quando o produto era o sexto item mais exportado, depois dos cereais, farinhas e preparações. O produto representou 6,9% de todas as exportações, no período do ano analisado. Os principais países importadores são Alemanha, Estados Unidos, Itália, Bélgica e Japão.