De acordo com o governador, o terminal que está inoperante, é fundamental na construção de uma infraestrutura moderna e confiável, como meio de escoamento da produção das regiões de Dourados e Maracaju pela Hidrovia do rio Paraguai.
“O porto de Porto Murtinho é peça fundamental na ação estratégica do governo de investir nos modais ferroviário e hidroviário, hoje incipientes”, explicou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck. Ele adiantou que o governo vai conversar com todas as partes envolvidas – os sócios privados do terminal e o empresariado, inclusive de países vizinhos – para que se encontre rapidamente uma solução de operacionalização.
A intenção do governador Reinaldo Azambuja, conforme o secretário, é ter um diagnóstico da situação legal do porto, inclusive com parecer da Procuradoria Geral do Estado. O porto interrompeu suas atividades devido a uma ação civil pública que tramita na Justiça desde 2004 questionando concessões de licitação. Hoje o empreendimento tem o controle acionário de um grupo argentino.
O prefeito de Porto Murtinho, Heitor Miranda (PT), disse que o porto é viável e considera essencial para sua operacionalização a parceria do Estado com o setor privado. “O porto é estratégico de exportação e importação para o Mercosul, podendo agregar o minério de Corumbá, a soja produzida no oeste de Mato Grosso e na Bolívia, além de atrair grupos brasileiros que importam produtos de países latinos”.
Atualmente, o porto tem capacidade para 500 mil toneladas/ano de grãos e nos primeiros cinco anos movimentou 400 mil toneladas de produtos diversos, como cimento, açúcar, soja e fertilizantes. A unidade também está apta para o transporte de gado em pé, conforme licenciamento do Ibama em 2009. “A ativação do porto será um bom negócio para todos, inclusive para o governo do Estado”, diz Miranda.