Lavouras em muito boas condições
Tanto o representante do Sistema Famasul quanto o analista e pesquisador Claudio Lazzarotto, da Embrapa Pecuária Oeste, de Dourados, consideram as condições da maior parte das lavouras de soja em excelentes condições de desenvolvimento nessa fase pré-colheita. “Estimamos que até o dia 30 de janeiro estejam colhidos 10% das lavouras do Estado. O ritmo mais forte acontecerá a partir de 10 de fevereiro”, analisou Leonardo Carlotto.
“Houve uma boa distribuição de chuvas na maior parte das regiões produtoras do Estado. Embora tenham se verificado problemas pontuais de um menor índice de precipitações em algumas áreas, esse fato não é representativo se levarmos em conta o quadro geral das lavouras no Estado”, analisou Claudio Lazzarotto. Segundo ele, esses casos pontuais foram identificados nas seguintes regiões: no distrito de Itahum, em pequena área de Caarapó, em algumas áreas do extremo sul do Estado, incluindo Maracaju. “Mas eu andei pelo Estado todo e há muito não se viam lavouras tão bonitas como nesta safra. Por isso, esses casos pontuais em quase nada vão comprometer o quadro geral da safra 2014/2015”, avaliou o representante da Embrapa Agropecuária Oeste.
Menor incidência de pragas em MS
Os dois analistas ouvidos pelo Correio Rural consideraram que houve, até aqui, uma baixa incidência de pragas nas lavouras em desenvolvimento em Mato Grosso do Sul nesta safra de soja. “Mais do que as pragas - como a falsa medideira que, como na safra passada, foi a mais encontrada pelos produtores - os problemas maiores foram, na verdade, com as plantas daninhas, principalmente a buva, e também o capim amargoso”, afirmou o representante do Sistema Famasul. Segundo ele, os agricultores têm trabalhado cada vez mais e melhor no monitoramento das plantas nas lavouras, identificando assim a ação das lagartas, corós e outras pragas, e agindo mais rapidamente no combate. Dessa forma, até a tão falada Helicoverpa armigera, que é uma lagarta de ação muito destrutiva, mais uma vez teve pouca ação e pouco prejudicou as lavouras do Estado. “Na safra passada de soja, a temida lagarta foi pouco encontrada nas áreas de produção de soja”, afirmou Leonardo Carlotto.