A atípica queda das exportações do setor, fundamental para as contas externas do país, só não foi maior porque as vendas de soja atingiram patamares recordes, assim como as de carne bovina. E as exportações de carne de frango ficaram perto dos melhores patamares da história também.
Porém as vendas do complexo sucroalcooleiro, terceiro setor em importância para as exportações do agronegócio do Brasil, após a soja e as carnes, atingiram 10,37 bilhões de dólares, queda de 24,4 por cento.
O ministério relatou recuo de 11,8 por cento no preço médio das vendas do setor e de 14,3 por cento na quantidade embarcada, destacando que a perda de receita anual (3,35 bilhões de dólares) foi maior do que a queda verificada nas exportações totais do agronegócio do Brasil no período.
As exportações de açúcar responderam por 9,46 bilhões de dólares, ou 91,2 por cento do total exportado pelas usinas, enquanto as vendas externas de etanol somaram 898 milhões de dólares.
Já as exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) somaram 31,40 bilhões de dólares e 60,71 milhões de toneladas em 2014, aumento de 1,4 por cento e 5,6 por cento, respectivamente.
O segundo setor do agronegócio brasileiro em valor exportado foi o setor de carnes, com vendas externas de 17,43 bilhões de dólares, alta de 3,7 por cento na comparação anual e de 6,38 milhões de toneladas (alta de 1,9 por cento).
A carne de frango foi o principal item do setor, com vendas de 7,93 bilhões de dólares (queda de 0,4 por cento) e 4 milhões de toneladas embarcadas (alta de 2,7 por cento). As exportações de carne bovina atingiram a cifra de 7,15 bilhões de dólares (alta de 7,3 por cento), para um total de 1,55 milhão de toneladas (elevação de 2,7 por cento).
Por outro lado, as importações do agronegócio tiveram queda de 2,6 por cento, para 16,61 bilhões de dólares no acumulado de 2014, gerando um saldo da balança comercial do setor de 80,13 bilhões de dólares (queda de 3,3 por cento na comparação anual).