O plantio de trigo pode voltar a perder espaço neste ano, depois de se ter atingido a maior área em 10 anos e de ter sido obtida a maior colheita em 11 anos. A avaliação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
“O que desestimula produtores são os baixos preços atuais e disponibilidade elevada do cereal no Mercosul. O trigo pode ser substituído principalmente pelo milho, que tem maior liquidez e menor risco”, informa a instituição.
As cotações do trigo no Brasil operam nos menores níveis reais desde 2002, quando foi iniciada a série histórica do Cepea. Há ainda a expectativa de que a Argentina mais que dobre suas exportações.
Apesar do cenário, pelo menos nos primeiros dias deste mês, o cereal acumula valorização de acordo com os indicadores do Centro de Estudos. A referência com base no Rio Grande do Sul fechou a terça-feira (6/1) em R$ 507,39 (+7,41%). A referência com base no Paraná chegou a R$ 560,15 (+2,86%).