Como destaca o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que calcula o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual, o faturamento de R$ 43,49 bilhões obtido pelas dez culturas analisadas pelo órgão foi recorde. “O VBP da soja, apresentou o maior aumento na safra 2013/14, gerando um total de R$ 21,65 bilhões, R$ 2,45 bilhões a mais que em 2013, e os dois principais fatores foram o aumento da área e ganho de produtividade do setor”, apontas os analistas do Imea. Mas para 2015, quedas são projetadas e dificilmente deixarão de serem concretizadas.
O VBP é a receita gerada da porteira da dentro das propriedades e é calculada considerando o volume produzido e as médias de preços do momento da elaboração do levantamento. O Imea apura as seguintes commodities: soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz, bovino, leite, produtos florestais, aves e suínos.
Entre os recordes de 2014, além da soja, cana (R$ 1,13 bi), arroz (R$ 425 milhões), boi (R$ 8,82 bilhões), leite (R$ 500 milhões) e suínos (R$ 842 milhões) atingiram faturamento inédito dentro da série do Imea, realizada a partir de 2011. “O VBP de 2014 se destaca como o ano de maior geração de receitas, acréscimo de R$ 3,80 bilhões ao VBP do último ano e mais que o dobro de 2010, primeiro ano da série, demonstrando o bom momento do Estado.
PERSPECTIVAS – Como destacam os analistas do Imea, um cenário aparentemente é consenso entre os economistas, de que 2015 será um ano bastante difícil. Olhando para o segmento mato-grossense, para a soja, por exemplo, cultura que gera a maior receita do campo no Estado, é esperada uma produção recorde para a safra 2014/15. Com reflexos dos preços internacionais, 2015 pode ter preços menores que no ano anterior, porém, a alta do dólar já ajudou a melhorar os preços futuros e pode ser a principal variável dos preços.
“2015 será de arrocho, mas crucial para a saúde econômica brasileira. No âmbito nacional será de sérios ajustes e de estabilidade no PIB, já no âmbito regional, Mato Grosso deve obter decréscimo no VBP, -5%, indo a um total de R$ 41,40 bilhões, com grande peso para isto nos VBPs do algodão e milho, com reduções de -22% e -11%, respectivamente, por conta das estimativas de quedas nas produções das duas commodities”.