Esta será a primeira exportação potiguar de gado após o Rio Grande do Norte ser reconhecido internacionalmente como área livre de febre aftosa com vacinação, há sete meses. Na operação, os governos dos países africanos compram o gado, através de agente selecionado, e distribuem entre criadores e municípios para viabilizar o melhoramento genético. Dos 140 animais, 128 são fêmeas matrizes e 12 machos reprodutores, além de 41 bezerros pelo pé.
O secretário Haroldo Abuana considera o programa oportunidade para aquecer o mercado potiguar, enfatizando suas qualidades genéticas. "É determinação do governador Robinson Faria o incentivo à cadeia produtiva. Este embarque é muito simbólico. Teremos outras operações comerciais reconhecendo a qualidade do nosso rebanho", destacou Haroldo.
Na avaliação do secretário de Agricultura do Rio Grande do Norte, este intercâmbio tende a evoluir e gerar oportunidades para a cadeia do agronegócio, ampliando inclusive as raças a serem exportadas. "As peculiaridades climáticas do nosso Estado são semelhantes às da África Ocidental. A nossa genética também é de ponta. Tudo contribuiu para a escolha do Rio Grande do Norte. O intercâmbio genético, se depender da determinação do Governo, será mantido e ampliado. Neste momento, o interesse deles é na raça Guzerá. Mas temos potencial para ampliar”, destacou Haroldo Abuana.
Os animais foram comprados dos criadores Camillo Collier e Geraldo Alves. De acordo com a assessoria de imprensa deles, alguns animais chegaram a ser vendidos por R$ 4 mil a cabeça. As informações sobre o volume financeiro total do negócio são resguardadas pelos criadores, mas, considerando-se que o valor comercial, médio, de uma rês estar na faixa de R$ 6 mil, é possível estimar que a compra do Guzerá ficou na casa dos R$ 840 mil.