Publicado em 30/12/2014 12h43

Algodão e soja levarão renda menor para dentro da porteira em 2015

Os preços internacionais em 2015 podem refletir nos ganhos da porteira para dentro em Mato Grosso, bem como a diminuição na produção.
Por: Cenário MT

soja

A renda no campo no próximo ano deverá encolher cerca de 5% no comparativo com 2014. As maiores reduções previstas no Valor Bruto da Produção (VBP) em 2015 estão no algodão (-22%) e no milho (-11%). A menina dos olhos dos produtores mato-grossenses, a soja deverá apresentar recuo de 5%, ocasionado pelos preços. Produção de soja sobe 6,1%, enquanto preços devem recuar 10,2% em 2015.
 
O algodão e o milho já havia certeza de ganhos inferiores a 2014 em decorrência a novas retrações na área e consequentemente na produção. 
  
Segundo o Boletim Mensal da Conjuntura Econômica de Mato Grosso, divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 2015 poderá ser um ano de preços menores também, o que impactará na soja. "[...], porém a alta do dólar já ajudou a melhorar os preços futuros e pode ser a principal variável de movimentação dos preços no próximo ano.

As carnes, que tiveram um ano bom, deverão continuar indo bem, pois a quantidade de abate não deve aumentar e a demanda deverá continuar firme, mantendo os preços em patamares altos. Enfim, 2015 será de arrocho, mas crucial para a saúde econômica brasileira”, declara o Instituto.
  
As projeções para a cana-de-açúcar é de um crescimento de 2% no VBP, enquanto do arroz 4%. Produtos florestais e lenhas devem registrar uma variação positiva de 3% em relação a 2014. Entre as carnes as aves devem apresentar recuo de 6% de ganhos, em contrapartida no setor de bovinos sobe 2% e suínos 16%.
  
Relação Produção X Preço
Conforme estimativa do Imea, em 2015 a produção de soja deverá subir 6,1%, enquanto os preços apresentam queda de 10,2%. Já em milho a produção deverá ser 17,6% menor, porém os preços com a baixa oferta devem subir 8,1%. Ao contrário do algodão em pluma que na safra 2014/2015 deverá produzir 12% a menor e ter 14,1% de queda de preço.
  
Na pecuária a relação será positiva na bovinocultura. Enquanto a produção de boi gordo sobe 4% os preços devem ter alta de 2,3%. Já para a vaca gorda 6,5% de retração na produção, contudo aumento de 1,3% no preço.
 
As aves devem manter estabilidade de preço, enquanto em termos de produção queda de 6,2%. Na suinocultura alta de 5,8% na produção e 10,3% nos preços, permitindo assim continuidade de margem de recuperação.

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