“Os levantamentos de danos e perdas ainda estão sendo realizados e alguns agricultores já buscam sementes e insumos novamente para o replantio de áreas mais afetadas. Os danos ocorrem pela ação mecânica do granizos nas plantas, na maioria das vezes associados a fortes ventos causando acamamento, queda das folhas, ou até mesmo dilacerando as folhas, ramos e de quebra de galhos e também afetando frutos”, conta o engenheiro agrônomo Carlos Dellavalle Filho.
“Com a necessidade do replantio da soja em áreas afetadas, muitos produtores daqui serão os últimos a cultivar a soja que já havia sido encerrado o plantio no Estado. O que nos preocupa é o plantio muito tardio, que consequentemente vamos atrasar a colheita, o que aumenta muito o risco da geada, algo que deve ser avaliado. Além disso a soja tardia sofre mais com a pressão de doenças como a ferrugem asiática e também por pragas”, alerta.
Carlos Dellavalle Filho ressalta que “os danos nas plantas pelo granizo ocasionam um ambiente favorável a entrada de doenças devido ao rompimento de tecido celular o que aumenta a pré disposição da planta a entrada de patógenos como fungos [entre eles a ferrugem], o que merece atenção”.