O veterinário da Inovavet, Gedson Moraes, comenta que a carne suína disponível no mercado não merece a habitual fama de gordurosa e nociva à saúde. “A suinocultura evoluiu muito. Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, os animais não são mais criados em chiqueiros comendo restos de alimentos, passando para a escala industrial com produção orientada por nutricionistas, técnicos e veterinários. É um alimento nutritivo e saboroso, que pode ocupar um espaço maior na mesa do consumidor brasileiro”, explica Moraes.
O veterinário aponta ainda que entre as principais mudanças na produção de suínos está a nutrição, a forma de manejo, as instalações, e também, a parte sanitária com prevenção e controle de doenças. Em relação à gordura do alimento, o veterinário da Inovavet lembra que assim como a carne bovina, há cortes mais magros e que a qualidade também depende do modo de preparo. “Outro ponto positivo é que os suínos tiveram um melhoramento genético, ganharam músculo, perderam gordura e mostram um perfil bem diferente de quando chegaram às terras brasileiras. A alimentação atual dos suínos, com ração à base de soja e milho, é muito favorável para esse resultado final”.
Os porcos foram introduzidos no Brasil em 1532, por Martim Afonso de Souza. Vindos de Portugal, a carne suína é uma das mais antigas formas de alimentação e, atualmente, é apontada por especialistas do setor como a carne mais consumida no mundo. “Esse patamar de consumo foi alcançado pelo reforço da China, e também pela queda da oferta de carne bovina. No Brasil, nota-se um crescimento progressivo pela procura do alimento, que além de saudável é muito saboroso”, conclui.
