De acordo com o coordenador do Programa Fitossanitário da Associação Sul-Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), Danilo Moraes, os produtores devem redobrar os cuidados em áreas que foram semeadas com soja na resteva do algodão, pois levantamentos mostraram a presença do bicudo em altas populações, mesmo que na área não tenha plantas de algodão.
“Esta situação provavelmente ocorre, pois o intervalo entre a colheita do algodão e a semeadura da soja é pequeno, ficando a praga remanescente do final da safra passada nestas áreas”, ressalta.
A situação pode se agravar mais quando esta área for vizinha a talhões que serão semeados com algodão safra ou semeados com algodão segunda época (semeados após a colheita da soja).
Os esclarecimentos ocorreram durante o 3° Fórum do Bicudo realizado no dia 25 de novembro, em Chapadão do Sul, no Mato Grosso do Sul. O evento reuniu representantes de diversas entidades ligadas ao cultivo da pluma.
A região Centro-Oeste deve colher 643,5 mil toneladas de algodão em caroço na safra 2014/15, segundo dados da Conab. O estado do Mato Grosso será responsável por 562,7 mil/ha da produção regional, seguido de Goiás, com 47,7 mil/ha e Mato Grosso do Sul, que deve colher 33,4 mil/ha.