Publicado em 12/12/2014 13h34

Cresce área de estudos de viabilidade da soja em MS, em benefício da pecuária

Desde o ciclo anterior da soja entidades de pesquisa têm ampliado a área dedicada aos estudos de viabilidade do cultivo do grão, e cidades como Bonito, Miranda e Figueirão entraram no mapa da agricultura assistida por especialistas. Atualmente esses municípios somam cerca de 100 hectares de áreas experimentais, sendo a de Figueirão a mais recente. Segundo a Fundação MS além de diversificar a produção agropecuária, a finalidade é fortalecer as pastagens e consequentemente a atividade tradicional da região, a pecuária.
Por: Rica Comunica

sojapecuaria

Com apoio do Sindicato Rural de Figueirão e a ação dos pesquisadores da Fundação MS, a Fazenda 3R disponibilizou 25 hectares para o plantio de 34 cultivares da soja em variedade precoces, médias e tardias. O programa Mais Inovação, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS), também é parceiro da iniciativa. “Contamos com o clima favorável que contribui para a possibilidade de expansão da área agrícola e beneficia a pastagem da região, já que esta integração ajuda  muito na fertilidade do solo e o deixa muito mais produtivo”, detalha o pesquisador da Fundação MS e coordenador da unidade de pesquisa de Figueirão, Alex Marcel Melotto.

O produtor rural Rubinho Catenacci já havia investido em sistemas de produção integrados para a reforma de pastagens e afirma que já recuperou o valor aplicado. ”A produção de silagem pagou a conta de todo o processo. O sistema integrado que já fizemos com milho e sorgo em consórcio com o capim, além de favorecer a reforma da pastagem, produziu aqui mesmo na fazenda parte da alimentação do gado, mostrando a viabilidade o cultivo de grãos onde a dedicação era voltada apenas à pecuária”, destaca Catenacci, criador reconhecido pelo trabalho técnico-científico que desenvolveu o Nelore de Ciclo Curto (NCC), animal precoce com alta capacidade de ganho de peso.

 

Segundo Catenacci o trabalho desenvolvido em Figueirão servirá de exemplo para outros pecuaristas que prezam pela produção de carne com qualidade. “Não temo mais como abrir novas áreas de pastagem, temos que melhorar as que já temos disponíveis. O produtor rural só se desenvolverá quando entender que não tem que diminuir as despesas e sim, aumentar a receita, colocando a pecuária a e agricultura para caminharem juntas”, finaliza o criador ao ressaltar que Mato Grosso do Sul tem capacidade de produzir a melhor carne do mundo.

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