Segundo o engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), Genebaldo Barbosa, existem linhas de crédito que são muito atraentes para o produtor armazenar os grãos que produz - tanto na fazenda quanto no sistema cooperativo -, fazendo com que a produção permaneça dentro do Estado. “Com a atual situação dos armazéns, a nossa produção acaba saindo do nosso Estado para ser armazenada nos estados vizinhos, mais especificamente Bahia e Maranhão, e de lá são exportados como sendo produção daqueles estados e não como produção do Tocantins. Com isso, o Estado acaba perdendo na arrecadação fiscal desse produto, ou seja, no repasse do ICMS do governo federal”, explica.
Barbosa conta que a secretaria levantou a demanda de criação de mais armazéns e que já foi repassada para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que está chamando a atenção de produtores rurais e investidores para esse espaço fértil para novos investimentos. “A quantidade de armazéns de grãos no Estado não é suficiente. A nossa capacidade ainda é pequena e nós precisamos aumentar essa capacidade para dar ao produtor rural a condição de comercializar seu produto em um momento adequado”, destaca o superintendente da Conab, Jalbas Manduca.
Certificação dos armazéns
Manduca fala que está desenvolvendo um trabalho de atrair a atenção dos produtores rurais e dos armazenadores para que se certifiquem e se cadastrem junto à Conab para que eles possam operar com as políticas agrícolas disponíveis para o setor. A certificação tem por finalidade adequar os armazéns aos requisitos obrigatórios da Conab e às conformidades técnicas dentro da armazenagem. A importância da certificação é que, além de reduzir, as perdas no processo de armazenagem, também garante a qualidade dos produtos no mercado interno, melhora o relacionamento entre os produtores, armazenadores e a sociedade, e aumenta a competitividade internacional do agronegócio brasileiro.