A demanda por produtos de origem sustentável cresce à medida que consumidores valorizam práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente e promovam justiça social. Muitos agricultores, por sua vez, desejam adotar métodos como conservação de água e agricultura regenerativa, mas enfrentam desafios financeiros e estruturais. Para preencher essa lacuna, empresas fornecedoras de ingredientes e do setor alimentício estão investindo em apoio técnico e financeiro, facilitando a transição para práticas mais sustentáveis.
Uma pesquisa da Ardent Mills, realizada nos EUA, revelou que práticas como conservação de água (53%), saúde do solo (51%) e fornecimento ético de ingredientes (50%) estão entre os principais temas que chamam a atenção dos consumidores. Outros pontos, como neutralidade de carbono (45%) e agricultura regenerativa (38%), também ganham destaque. Além disso, 32% associam sustentabilidade ao tratamento justo dos trabalhadores, reforçando a importância de práticas éticas em toda a cadeia produtiva. No entanto, 57% dos consumidores afirmam precisar de mais informações para tomar decisões de compra sustentáveis e confiáveis.
Estudos indicam que consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis. Uma pesquisa da YouGov para a Whole Foods Market apontou que 70% dos jovens da Geração Z apoiam práticas agrícolas inteligentes em relação ao clima, com 55% dispostos a pagar um preço adicional por produtos com menor impacto ambiental. Contudo, a pesquisa global Farmer Voice, apoiada pela Bayer, revelou que a principal barreira para agricultores adotarem práticas regenerativas, como rotação de culturas (76%) e fertilização adequada (69%), é o alto investimento financeiro, citado por 52%.