Os principais desafios incluem a liberação de crédito para investimentos - Foto: Divulgação
A irrigação é essencial para a produção agrícola e a segurança alimentar no Brasil, especialmente em um cenário de mudanças climáticas. Luiz Paulo Heimpel, da Netafim Brasil, destaca que o país ocupa a 6ª posição mundial em área irrigada, com 8,2 milhões de hectares, responsáveis por mais de 40% da produção global de alimentos.
O setor cafeeiro tem se destacado, com preços elevados incentivando investimentos em irrigação. Heimpel observa que "o café arábica e o robusta estão em uma situação muito boa", beneficiando-se da irrigação, que pode aumentar a produtividade em até três vezes em relação às áreas de sequeiro.
Por outro lado, a cana-de-açúcar enfrenta desafios devido a queimadas que afetaram 80 mil hectares em São Paulo. O investimento em irrigação e tecnologia é crucial para minimizar as perdas. Aproximadamente 35,5% da área irrigada no Brasil utiliza água de reuso, uma prática que contribui para a sustentabilidade da produção.
Na fruticultura, especialmente na laranja, há sinais de recuperação, com aumento de preços e novos investimentos. A irrigação tem potencial para gerar até três safras por ano, aumentando a oferta e a qualidade dos frutos.
Os principais desafios incluem a liberação de crédito para investimentos em irrigação e a infraestrutura deficitária em algumas regiões. Apesar disso, as perspectivas são positivas, com a Câmara Setorial de Irrigação prevendo um aumento de 4,2 milhões de hectares irrigados até 2040. A modernização e eficiência das técnicas de irrigação, como a localizada, indicam um futuro promissor para o setor.